Tinha 11 anos quando se juntou ao pai no negócio de família e, hoje, com 73, Guilherme Coutinho continua empenhado em manter viva a Casa Crocodilo: uma loja de solas e cabedais, em funcionamento desde a década de 40.
Apesar da sua formação musical, Guilherme soube desde cedo que o negócio era a sua prioridade. “Aprendi a tocar piano, fiz parte de vários grupos musicais, mas sem nunca prejudicar a casa”, confessa o atual proprietário desta loja, que faz parte do projeto Porto Tradição.
E mesmo passados tantos anos, ainda hoje Guilherme se entusiasma por ver os clientes saírem satisfeitos ou regressarem, nem que seja para visitar o enorme crocodilo embalsamado que se tornou na mascote deste espaço comercial.
Apesar da sua entrega diária e de não esquecer todo o esforço e trabalho que o seu pai investiu na Casa Crocodilo, garante que muita da satisfação dos clientes é fruto da competência dos seus funcionários, assegurando que trabalha com “profissionais exímios”.
Hoje, Guilherme não esconde a emoção que sente ao ver o filho, André, abandonar a sua área de formação, para o apoiar na loja e “dar continuidade ao negócio de família”.
E com tanto amor envolvido, apreço pelos funcionários, experiência e perícia, é fácil perceber como é que este negócio sobreviveu às mudanças na cidade e nas pessoas.
Guilherme reúne em si todo o potencial para conquistar os portuenses e transformou este negócio de família, num negócio do Porto, para todos nós.